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    "Prisão de Bolsonaro é um imperativo ético", diz João Cezar de Castro Rocha

    Segundo ele, é fundamental que o ex-presidente seja punido pela tentativa de golpe de 8 de janeiro

    João Cezar de Castro Rocha e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube | REUTERS/Adriano Machado)

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    247 – Em uma entrevista exclusiva concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o professor João Cezar de Castro Rocha, da UERJ, não hesitou em afirmar que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro é um "imperativo ético" para a República. Rocha ressaltou a importância de responsabilizar o ex-presidente pela tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro, evidenciando a necessidade de manter a integridade democrática do país.

    O professor Rocha não poupou críticas à extrema direita, classificando-a como um "problema de saúde mental coletiva". Sua análise vai além das questões políticas, sugerindo que o extremismo político pode ter impactos significativos na saúde mental da sociedade como um todo. 

    Ao abordar a situação econômica do país, Rocha destacou que, embora os indicadores tenham melhorado durante o governo do presidente Lula, os eleitores bolsonaristas permanecem fiéis a Jair Bolsonaro. Essa fidelidade, segundo ele, levanta questionamentos sobre os fatores que influenciam a escolha política e a lealdade dos eleitores. "Todos os indicadores econômicos melhoraram no governo do presidente Lula, mas os eleitores bolsonaristas continuam fiéis ao ex-presidente Jair Bolsonaro", disse ele.

    Rocha expressou preocupação com a desmoralização do Legislativo pela extrema direita. Ele enfatizou que a postura adotada por essa corrente política está minando a confiança nas instituições democráticas.

    Ao discutir a estratégia da extrema direita, o professor alertou para o constante "assédio cognitivo" ao qual a população está submetida. A disseminação de informações distorcidas e a manipulação da narrativa contribuem para um ambiente de confusão e desinformação.

    Rocha destacou o aumento da atividade do sistema de desinformação, comparando-o ao período eleitoral de 2022. Ele salientou a importância de combater esse fenômeno para preservar a integridade do processo democrático.

    A análise do professor foi além, sugerindo que a extrema direita se sustenta na oferta de um "apocalipse permanente", promovendo assim um constante assédio cognitivo. Esse ciclo vicioso, segundo ele, contribui para manter a base de apoio.

    Rocha enfatizou a necessidade de um "choque de realidade" para derrotar a extrema direita. Ele argumentou que confrontar os eleitores com fatos e dados é crucial para quebrar o ciclo de desinformação e promover uma visão mais objetiva da realidade.

    Contrariando a narrativa da extrema direita, o professor argumentou que as "fake news" não são aceitas pela população consciente. Ele destacou a importância de educar as pessoas sobre a identificação e rejeição de informações falsas. Rocha apontou para o financiamento internacional como um fator relevante na perpetuação da extrema direita.

    O choque de realidade leva tempo – Apesar da urgência na mudança de paradigma, Rocha reconheceu que o "choque de realidade" demanda tempo. A construção de uma conscientização coletiva, segundo ele, é um processo gradual e contínuo.

    Finalizando a entrevista, o professor reiterou a importância da punição aos responsáveis pela tentativa de golpe em 8 de janeiro. Ele enfatizou que a justiça deve ser imparcial e que a anistia não é uma opção, pois a impunidade pode fortalecer a extrema direita.

    Concluindo a entrevista, João Cezar de Castro Rocha destacou que a prisão de Bolsonaro é um "imperativo ético" para a República neste momento. Ele alertou que a impunidade pode fortalecer a extrema direita, ressaltando a importância de responsabilizar os líderes pelos atos que ameaçam a democracia. Assista:


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